sexta-feira, 22 de abril de 2011

Cigana Sarita



 Sarita é uma cigana jovem, de origem espanhola e que gosta de roupas coloridas, mas suas cores preferidas são o verde, o vermelho e o amarelo.
 Ela usa muitos colares e anéis, todos eles com rubis.
 Na cabeça, usa uma tiara de floremelhas.
 Não dispensa suas castanholas nem o pandeiro com fitas coloridas penduradas.
 Quando Sarita incorpora, coloca imediatamente argolas grandes e douradas, porque ela afirma que suas argolas são o equilíbrio mental das pessoas com quem com ela trabalha.
 Sarita tem muitos segredos, que poucas pessoas conhecem.
 Uma característica marcante das pessoas que incorporam esta cigana está relacionada com o amor.
 Normalmente, são pessoas que vivem vários relacionamentos amorosos, mas que não tem muita sorte no amor.
 São também pessoas muito sensíveis, do tipo “com os nervos à flor da pele”.
 Quem incorpora Sarita, e quem não incorpora mas tem esta cigana na aura, não pode esquecer de colocar uma oferenda para ela, pelo menos duas vezes no ano.
 Era morena, de cabelos e olhos pretos.
Usava os cabelos presos em uma trança que caía pelo lado esquerdo do pescoço, indo até a cintura, e que tinha as pontas enfeitadas com fitas finas coloridas.

SUAS ROUPAS
Sarita usava blusa vermelha, curta, com mangas bufantes.
Na cintura levava uma faixa de várias cores.
A saia era feita até a metade com pano estampado; o resto era de pano liso amarelo, montado em babados cujas barras eram recortadas em bicos.

SEUS ADEREÇOS
 Ela usava na cabeça um lenço estampado, predominando o amarelo-ouro; em dias de festa punha em cima do lenço uma tiara de flores vermelhas.
 No pescoço ela trazia muitos colares de pedras em várias cores, predominando a vermelha.
 Nas orelhas usava grande argolas de ouro; no dedo indicador da mão direita, um anel de ouro com um rubi e no mesmo dedo da mão esquerda, um anel de ouro com um topázio amarelo.

SUA MAGIA
 Para unir um casal com filhos que se separou a cigana Sarita costumava fazer o seguinte: em um pote de barro com tampa ela colocava água de rio e triturava a semente do timbó-mirim (ou anileira verdadeira), produzindo uma água azulada (também se pode utilizar anilina azul para confeitos).
 Nessa água ela colocava um papel com o pedido para juntar o casal, adicionava açúcar e um punhado da erva amor-agarradinho e, então, tampava o pote.
 Em seguida, acendia duas velas amarelas em cima da tampa e dizia:
 “Junte estas pessoas novamente, Santa Sara, pois eles tem (dizia o número de filhos) filhos que não pediram para vir ao mundo.”
 Ela repetia esse pedido por sete dias seguidos.
 Depois, enterrava o pote próximo de uma arvore frondosa e frutífera.
 A fruta da sua preferência era maçã vermelha, e a fase da lua era a cheia

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